Pantanal
A região é uma planície fluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza e abundância, influenciada por quatro grandes biomas: Amazônia, Cerrado, Charco e Mata Atlântica.
O Pantanal encontra-se sob o jugo das águas. A chuva divide a vida em dois períodos bem distintos, na época da seca entre os meses de maio a outubro, aproximadamente, a paisagem sofre mudanças radicais, no baixar das águas, são descobertos campos, bancos de areia, ilhas sobre a superfície, onde fica exposta uma fina camada de lama humífera (mistura de areia, restos de animais e vegetais, sementes e humus) propiciando grande fertilidade ao solo. O equilíbrio desse ecossistema depende, basicamente, do fluxo de entrada e saída de enchentes que, por sua vez, está diretamente ligado à pluviosidade regional.
Com o início do semestre chuvoso nas regiões altas (a partir de novembro), sobe o nível de água do Rio Paraguai, provocando, assim, as enchentes. O mesmo ocorre paralelamente com os afluentes do Paraguai que atravessam o território brasileiro cortando uma extensão de 700 km. As águas vão se espalhando e cobrindo, continuamente, vastas extensões em busca de uma saída natural, que só é encontrada centenas de quilômetros adiante, no encontro do Rio com o Oceano Atlântico, fora do território brasileiro. As cheias chegam a cobrir até 2/3 da área pantaneira. A planície é levemente ondulada, pontilhada por raras elevações isoladas, geralmente chamadas de serras e morros, e rica em depressões rasas. Seus limites são