Panorama das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa 22
Lucimara
O texto que se segue é uma análise feita sobre o textos das autoras Maria Nazareth Soares Fonseca e de Terezinha Taborda Moreira. Elas abordam como ocorreu o início das literaturas africanas de língua portuguesa e todo o trajeto, dificuldades, preconceito. Discute pontos dessas obras que vieram bem depois a favorecer e incentivar outros escritores a elaborar seus trabalhos, contribuindo para uma sólida participação no contexto histórico das literaturas afros.
As autoras começam seu relato de estudo citando dois autores Gerald Moser e Manuel Ferreira. Elas falam que MOSER viveu na África e presenciou momentos em que as colônias passaram por um processo de descolonização. Ele foi considerado homem-de-dois-mundos, isso se deu pelo fato de escritores transitavam por dois espaços, assumiam heranças oriundas de movimentos e correntes européias da América como também pelo simples fatos que estavam em contato com as línguas locais.
Gerald Moser pesquisando sobre produções literárias, livrinhos chamados Almanach de Lembranças luso-brasileiro. Constatou que tais obras seguiam uma linha baseando em modelos europeus, uma forma de caracterizar toda vida literária da África.
FONSECA e MOREIRA destacam que tudo isso ocorreu no século XIX entre as décadas de 40 e 50. Momento que deu um grande impulso nos projetos literários de seis países como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe.
Outro escritor citado pelas autoras foi Manuel Ferreira, em suas poesias descreve como se deu tais dimensões de língua portuguesa nas literaturas africanas. Ele faz uma analise através de quatro momentos iniciando do estado de alienação do escritor; o instante que o escritor demonstra a assimilação com a realidade despertando aí o sentimento nacionalista, como a dor do negrismo e indigenísmo; no instante de desalienação despertando certa revolta ao se colocar na situação de colonizado; quando ele agrega