Panamá
Unir o oceano Atlântico ao Pacífico é uma ideia que surgiu no século 16, com a colonização da América espanhola. A descoberta das jazidas de ouro e prata na costa do Pacífico, sobretudo no Peru e no México, aguçou o interesse dos europeus de encontrar uma forma eficaz de transportar toda essa fortuna. Até então, o acesso à costa do Pacífico só era possível com a circunavegação da América pelo sul, passando pelo estreito de Magalhães. Além da longa distância, os ventos e as fortes correntes marinhas tornavam a viagem um inferno. E os naufrágios, freqüentes.
A tentativa francesa
No final do século 19, Estados Unidos e Inglaterra brigavam por áreas de influência na América Latina. Ficar à margem dessa refrega acabou favorecendo os franceses, que, em 1878, receberam do governo colombiano permissão para abrir e operar por 99 anos um canal navegável no istmo do Panamá. Os franceses levaram ao Panamá uma enorme infra-estrutura e os mais sofisticados recursos tecnológicos da época. Mas, para quem detinha a experiência de abrir um canal no nível do mar, como ocorrera em Suez, a geografia panamenha foi um inimigo implacável. Entre 1881 e 1888, vendavais e até um terremoto provocaram deslizamentos de terra, alagamentos nas áreas de escavação e destruição de maquinário e de parte da ferrovia.
Para construir o canal foram removidas cerca de 300 milhões de metros cúbicos terra, quantidade suficiente para construir uma nova Muralha da China, só que 1 600 quilômetros mais extensa
Panamá (Prensa Latina) A ampliação do Canal do Panamá, que permitirá a passagem dos maiores barcos da atualidade pela via interoceânica, é por sua complexidade e tamanho a obra emblemática do século para a engenharia universal. Em síntese, a ampliação é basicamente a criação de uma nova via de tráfico ao longo do Canal paralela à existente, mediante a construção de um terceiro sistema de eclusas considerado o mais complexo para a engenharia.
Dito projeto, que custa 5,25