Palácio de Mateus
O Palácio de Mateus foi mandado construir na primeira metade do século XVIII. Era a casa da família de António José Botelho Mourão, 3º Morgado de Mateus.
A arquitetura barroca, de gosto italiano, é atribuída a Nicolau Nasoni. Neste palácio, encontramos todos os elementos da arquitetura barroca, nomeadamente a simetria, a axialidade, os frontões interrompidos, as balaustradas, as escadarias e os elevados pináculos.
O palácio insere-se num retângulo, e divide-se em dois quadrados vazio ao centro, que criam várias alas e compõem dois pátios ligados entre si por grandes aberturas no piso térreo.
O acesso ao piso nobre faz-se por duplas escadarias que se repetem nas fachadas transversais dos dois pátios, duas a poente e uma a nascente, e acentuam a simetria e o movimento barroco de toda a ornamentação.
No 1º andar, entre os pátios e com fachadas sobre ambos, ao centro da construção e definindo a linha de união dos dois quadrados que compõem a planta, localiza-se o Salão de Entrada. Dá acesso a norte e a sul, respetivamente à Biblioteca e ala de quartos, e à Sala do Tijolo e ala das salas. As duas alas são ligadas entre si no topo nascente através de uma ala com quartos que dá acesso ao Coro da Capela.
O granito amarelo constrói as paredes duplas e desenha as cantarias, e a madeira castanha compõe as portadas, a talha que trabalha os tetos de caixotão simples ou abobadado e as sobreportas com motivos da heráldica da família.
A Capela e a Adega completam o conjunto, contribuindo para a monumentalidade da leitura global, com as suas volumetrias de grande harmonia.
Presentemente, podemos visitar o museu que guarda peças valiosas de diferentes épocas, de onde se destacam mobiliário, peças de decoração, documentos, a biblioteca e, uma edição de “Os Lusíadas”, do século XIX.