Palestra
Marcelo Teixeira
Resumo
O artigo discute os desafios vivenciados por uma instituição com a função de captar, tratar e distribuir a água, que devido ao aumento demográfico do município necessita cada vez mais se atrelar a um modelo de gestão sustentável. A cidade de Piracicaba nos últimos anos vem se expandindo socioeconomicamente. E o fornecimento e tratamento de água do município vêm procurando contribuir de maneira ativa, com todo esse processo. O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), autarquia criada em 1969, pelo então prefeito municipal Francisco Salgot Castillon, surgiu para cuidar do fornecimento e tratamento da água de Piracicaba. Obteve ao longo dos anos o reconhecimento nacional pelo modelo de gestão que implantou na cidade, atuando na rede de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto. Devido ao crescimento do desenvolvimento da sociedade piracicabana, a autarquia passou por dificuldades no gerenciamento hídrico, mas ao se confrontar com essa situação o Semae adotou medidas agressivas com o objetivo de readquirir autonomia operacional conquistada desde seu início. Para acompanhar o crescimento demográfico e também o desenvolvimento econômico – instalação de empresas, surgimento de pólos tecnológicos e automobilísticos – o Semae investiu na despoluição do rio Piracicaba, elevando o tratamento de esgoto de 36% para 70%, o que remete na preservação ambiental e consequentemente dos recursos hídricos. Há ainda investimentos garantidos, para que a cidade chegue a 100% de seu esgoto tratado até 2013, por meio de Parceria Público-Privada (PPP). Além da preocupação com a despoluição do rio Piracicaba, embora atualmente esse manancial contribua entorno de 10% com o abastecimento da cidade – cerca de 90% da água vem do rio Corumbataí – a autarquia também tem projeto de ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Capim Fino, que possui atualmente o maior reservatório, com capacidade de até 11