Palestra o orientador educacional na sua prática profissional
Brincadeiras e brinquedos para crianças de zero a quatro anos
• MARILENE LIMA Psicóloga – CRP n 0 06/68588. Mestre em Educação. Estudos Pós-Graduados em Aspectos Psicológicos do Desenvolvimento Humano. Professora de Psicologia do Desenvolvimento e Psicologia da Aprendizagem. São Paulo/SP. E-mail: mali@estadao.com.br
A criança de zero a quatro anos vive num espaço compreendido entre o prazer e sua evocação. Esse espaço é ocupado pela brincadeira, pois, na ausência do prazer, a criança evoca sua presença brincando. Para o desenvolvimento sadio da criança, que constrói seu lugar no mundo por meio do brincar, há que se instaurar três tempos: o tempo em que se efetiva a função materna (tempo exercido pela mãe ou pelo adulto que passa a maior parte dele com a criança, notadamente os adultos envolvidos na ação educativa escolar), que auxiliará o desenvolvimento e a maturação das estruturas corticais; o tempo da vivência edipiana, que auxiliará o desenvolvimento do sistema simbólico e das regras e, por último, mas não menos importante, o tempo da aprendizagem da linguagem escrita, que auxilia a criança a assimilar o simbolismo do mundo que a cerca. Na brincadeira, a criança atua, representa papéis e elabora o que virá a ser no futuro. Utilizando o imaginário no tempo real, a criança opera conjugando e transformando três tempos: antecipa o futuro, personifica o passado e transforma o presente. Efetiva, assim, o registro de três espaços: o simbólico, o real e o imaginário, ou seja, brincando, a criança sai do imaginário, passa pelo simbólico e se expressa no real.
Desta forma, é fundamental que a criança tenha tempo para brincar e espaço para a expressão livre de sua imaginação e fantasia. Além da rua, da casa, dos parques e das brinquedotecas, a escola também é lugar de brincar. Na escola, há que se ter uma postura consciente e sistematizada na condução do brincar da criança, porém, conforme escrevemos em artigo anterior: quem tem de saber que