Palestra do teólogo andré wenin

A palestra do Teólogo André Wenin tratou-se de tentar manter um equilíbrio, uma harmonia, entre a psicanálise e a Bíblia. Nela o palestrante afirmou que todas a reflexões apresentadas por ele foram com o apoio de Jean-Pierre Lebrun, psicanalista agnóstico belgo, através de debates.

Na parte inicial da palestra Wenin fez uma análise do quadro de René Magritte chamado de “Ceci n'est pas une pipe” para fazer uma análise em relação à bíblia, de que quando se lê a Bíblia o que está sendo “mostrado” por ela é uma analogia, ou seja, uma forma de representar a realidade cotidiana, porém de uma forma diferente, ou seja, uma representação da realidade.

Um dos exemplos apresentados por Wenin é de que as leis aparecem logo no início do Gênesis pois quando Deus trata a respeito do ser humano, logo se fala em uma lei, como se não pudessem existir humanos sem lei.

Wenin afirma que o ser humano necessita respeitar os limites (inclusive da lei) e fazer boas escolhas para se manter vivo, fazendo uma analogia ao caso de Adão e Eva, segundo o palestrante ao sermos levados a escolhas imaginando escolher a melhor escolha, a experiência as vezes nos ensina que aquilo que pensávamos ser bom, não era. Ou ao passarmos por situações difíceis, e tempos depois vemos que aquela situação não foi tão ruim assim, e que nos fez adquirir algo de bom. Segundo Wenin, não conhecemos nem o bem e nem o mal, mas conseguimos nos aproximar através da ética e da sabedoria. O palestrante aborda, também, a questão da lei da castração simbólica, segundo ele, o conceito de castração é determinado como simbólico, pois determina uma espécie de limite na realidade psíquica.

O teólogo também abordou em sua palestra sobre a relação entre incesto e assassinato, segundo ele “no incesto eu não sou nada sem o outro e no assassinato eu não sou nada com o outro. É por isso que as leis que proíbem o incesto e o assassinato são da origem da humanidade”, Wenin também afirma que o incesto primordial é o