Palestra Aleksander Laks - Sobrevivente Holocausto

RELATÓRIO SOBRE PALESTRA DE ALEKSANDER LAKS, SOBREVIVENTE DO HOLOCAUSTO. Na segunda-feira do dia 6 de outubro, os alunos da FACHA Botafogo e pessoas interessadas na palestra do polonês Aleksander Laks lotaram o auditório na Instituição para conhecer, através das lembranças deste sobrevivente, um pouco mais sobre o maior genocídio do século XX. Por pouco mais de duas horas, o judeu de 85 anos cumpriu parte da missão de vida que assumia quando o Nazismo foi derrotado, em 1945: narrar o horror vivido por judeus durante a Segunda Guerra, para que este momento nunca seja esquecido e tampouco revivido por qualquer povo. Compartilhar as marcas da perseguição antissemita é uma ação combativa ao racismo, tão presente ainda nos dias de hoje. Quando as tropas nazistas dominaram a cidade de Varsóvia, capital polonesa, Aleksander tinha 11 anos. Era a primeira vez que ele via um avião e não tardaria a deixar de ver: as bombas atiradas do ar deixariam as cidades as escuras por dias. A inocência da idade fez com que Aleksander quisesse a guerra, sob a fantasia de que a cavalaria da Polônia venceria o conflito, marchando por Berlin. O episódio era, portanto, uma atração, cujas consequências eram ainda ignoradas. Na Polônia, o antissemitismo era latente, fazendo com que a população aderisse em peso à ocupação alemã. A suástica, símbolo do regime nazista, surgiria três dias após a entrada das tropas, quando as luzes voltaram a ser acesas e a transmissão de rádio retornaria de maneira escassa. Nos postes da cidade, anúncios oficializavam a sabotagem. Aqueles que resistiam à dominação eram enforcados nas praças, fixados junto a uma justificativa coibidora: “Eu sabotei o estado alemão”. Judeus passaram a ser identificados com uma estrela de Davi amarela e com o nome “JUDE” estampado na frente e nas costas de suas roupas. Camuflar-se era um desafio, já que os delatores poloneses prestavam auxílio aos invasores. Aleksander só passaria a usar a estrela de