PALESTINA
No início do século XX, cerca de 1 milhão de árabes habitavam a Palestina, que estava sob o domínio britânico. Após a Primeira Guerra Mundial, iniciou-se uma luta nacionalista contra a ocupação britânica e a colonização judaica.
Em 45, a ONU aprovou a divisão regional, sendo a única forma de solucionar o conflito entre 1,3 milhão de árabes e 800 000 judeus, sendo decidido pela criação de dois Estados: um dos judeus, com 14 000 km quadrados, e outro árabe, com 11 500 km quadrados. Os países árabes recusaram em aceitar o acordo, o que levou à guerra de 1948/49.
Conseqüência: cerca de 1 milhão de palestinos árabes, que viviam sob a soberania Israelense, perderam seus lares e refugiaram-se em acampamentos na faixa de gaza ou emigraram para outros países do Oriente Médio. Cerca de 300 000 continuaram em Israel, passando a viver como cidadãos de 2ª classe. Por outro lado, cerca da metade dos palestinos árabes continuaram na Cisjordânia, que passou a fazer parte da Jordânia a partir de 1948 e que em 1967 foi ocupada pelos israelenses.
Os palestinos fizeram movimentos dos mais variados grupos político-ideológicos, com a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) sendo sua principal entidade e, liderada por Yasser Arafat, foi reconhecida inclusive pela ONU como legítima representante do povo palestino.
A partir de 1988, nas negociações para a formação do Estado palestino, assumiram um novo significado quando o rei Hussein, da Jordânia, resolveu renunciar todos seus direitos sobre a Cisjordânia. Em agosto do mesmo ano, Arafat afirmou que "a OLP estava disposta a reconhecer Israel dentro da legalidade nacional". Deste modo, o líder palestino estava retirando um dos últimos obstáculos para haverem negociações diretas entre palestinos e israelenses. A oferta palestina não teve boa resposta de Israel. O governo teve de manter sua atitude de encarar a OLP como só uma organização terrorista e se recusou ceder qualquer parte de seu território.