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O que leva israelenses e palestinos a viver recrudescimento de um conflito histórico que parece não ter fim
Intransigência das partes envolvidas e ausência de um acordo de paz, apesar das diversas tentativas, descortinam a incompreensão em relação às raízes e motivações a que todos se apegam em uma terra castigada pela desconfiança e pela violência por Léo Gerchmann
19/07/2014 | 15h04
O que leva israelenses e palestinos a viver recrudescimento de um conflito histórico que parece não ter fim Thomas Coex/AFP
Crise atual começou no mês passado depois da morte de três adolescentes israelenses na Cisjordãnia Foto: Thomas Coex / AFP
O confronto entre dois povos com histórico de sofrimento volta a mostrar que o Oriente Médio é uma terra onde todos têm razão e, até por isso, todos perdem a razão. O tensionamento do conflito entre Israel e palestinos, a partir do assassinato de três adolescentes israelenses em 12 de junho e da reação perpetrada pelo Estado judeu, provoca altercações de todo tipo e de todas as partes.
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Israelenses e palestinos falam na ligação milenar ao território onde vivem e se digladiam. Do lado israelense, registros bíblicos, corroborados por descobertas arqueológicas, conferem-lhes legitimidade para reivindicar o Estado judeu, reforçada pelo histórico de perseguições que sofreram desde a expulsão daquela região pelos romanos, no século I. Do lado palestino, a busca é por igualmente assegurar a conquista do seu Estado, em terras com as quais também mantêm ligações ancestrais e onde vivem em condições majoritariamente precárias.
Apegados a sua cultura e à fé monoteísta, judeus perseguidos rumaram para a chamada Terra Prometida, em especial após o Holocausto, na II Guerra Mundial. Os palestinos que viviam lá naquele momento tiveram de dividir espaço com levas de judeus conduzidos pelo sionismo, movimento de libertação nacional,