Paises emergentes
Por que o Brasil é hoje menos vulnerável entre os países emergentes?
Na análise de vulnerabilidade econômica, o Brasil é o terceiro melhor, só perdendo da China e da Rússia, segundo o departamento de pesquisa do Banco Dresdner Kleinwort.
Apontou-se que os riscos financeiros e bancários têm levado os bancos dos países ricos a aumentar a relação entre capital próprio e empréstimos, focando mais seus mercados domésticos e menos dos países emergentes, reduzindo dessa forma os fluxos de crédito.
Observa-se também que a maior vulnerabilidade dos países emergentes às crises financeiras nos anos 90 esteve sempre associada às assimetrias monetárias e financeiras do sistema monetário internacional.
As economias mais expostas à turbulência da crise global são as economias pequenas e abertas, com grande presença de bancos estrangeiros. Ao mesmo tempo, as nações com grande comércio exterior, com maior liberdade de fluxos de capitais e com menores reservas internacionais são as que podem perder mais por causa da desaceleração mundial.
“É claro que o Brasil será afetado pela crise, como todos os emergentes, mas hoje o País está em condições muito melhores para enfrentar os problemas e ter condições de retomar o crescimento acelerado quando o cenário global melhorar”, diz o economista Neil Dougall. Ele atribui essa vantagem à manutenção, por diversos anos, de políticas fiscais e monetárias conservadoras.
O Brasil se destaca, por exemplo, como tendo empréstimos dos bancos internacionais (tanto em dólares como em reais, no caso daqueles que operam no País) que correspondem a cerca de 10% do PIB e a 50% das reservas internacionais. O estudo mostra que vários emergentes do Leste europeu têm o indicador entre 50% e 100% como porcentual do PIB e entre 200% e 800%, como porcentual das reservas internacionais.
Somos também um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais,