paisagismo
O relacionamento entre o homem e a paisagem é antigo, e a sua interferência sobre ela deve ter começado a se tornar visível com a invenção da agricultura. Inicialmente os povos agricultores eram nômades, se mudando para outros locais quando a terra se esgotava. Outros viviam em regiões desérticas, mas junto a pontos onde a água aflorava – até hoje conhecidos por “oásis”.
Um dia, uns oito mil anos atrás, alguém teve a idéia de organizar um grande “mutirão’: A drenagem de um enorme pântano que existia na bacia inferior entre os rios Tigre e Eufrates, no atual Oriente Médio. O resultado foi a aquisição de uma grande área de solo fértil que possibilitou aos Sumérios, o povo autor da façanha, vários séculos de prosperidade e o título de primeira civilização fixa da história da humanidade. A produção de excedente, ou seja, mais do que estritamente necessário à sobrevivência, foi o suporte do aparecimento de algumas novidades definitivas na longa aventura humana: a diferenciação de classes sociais, a invenção da escrita e a arquitetura monumental, por exemplo. E foi provavelmente ali que surgiu, pelas mãos do homem, o primeiro jardim.
É fundamental estudar a história do jardim, porque ele é o reflexo do relacionamento humano com a Natureza. De certa forma, os jardins são a imagem de um pequeno mundo ideal, perfeito e privativo. Portanto, os grandes jardins da história são como um desenho idealizado da paisagem, como cada civilização desejava que fosse. É sobre essa tradição que se assentam nossas práticas e posturas em relação à paisagem.
GRANDES JARDINS DA ANTIGUIDADE
Babilônia, Egito e Pérsia foram os locais das mais antigas civilizações conhecidas. São no geral regiões áridas, onde a água sempre foi um recurso fundamental, e irrigação uma palavra mágica. Num clima quente e seco, sombra e água fresca é tudo o que se quer, e assim os primeiros jardins incluíam tanques, canais de irrigação e árvores para sombra. O desenho