Padronização do corpo Feminino

Moda "plus size" : problematizações sobre mídia, gênero e beleza. Sirlene Alves de Oliveira

A pesar das dificuldades e preconceitos que as mulheres contemporâneas ainda encontram para expressar sua sexualidade, não podemos negar que elas obtiveram ao longo das ultimas décadas, grades avanços na busca de sua liberdade sexual. No entanto é de fundamental importância refletirmos sobre como a mídia vem tratando essa sexualidade, e quais são as conseqüências da padronização que a mídia faz do corpo feminino. Usando as palavras de Adorno e Horkheimer, que diziam que: “a indústria cultural possui padrões que se repetem com a intenção de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumo”, podemos perceber qual é a intenção da mídia contemporânea, que é vender o mesmo produto para pessoas de gostos diferentes, e a única forma de fazer isso é convencer as pessoas que estes padrões de beleza são os corretos. Observando os modelos feminino expostos pelos veículos midiáticos, tanto escrita como televisionados, podemos perceber que ali existe uma violência simbólica pois esses seguem um padrão, que é, mulheres brancas, magras e de cabelo liso, deixando clara a mensagem que esse é o único conceito de beleza. Mesmo havendo pequenas variações neste modelo elas são inexpressivas, servindo apenas para cumprir a cota do politicamente correto. Atualmente é difícil saber se é a moda que influencia a mídia ou se é o inverso, o fato é que esses padrões inatingíveis tem causado um serie de transtornos emocionais e patológicos para quem tenta sair da exclusão e entrar para esse seleto grupo de pessoas magérrimas que são exemplo de beleza e portanto tem o direito de usufruir, ou ate mesmo vender sua sexualidade. Não é justo dizer que a mídia não apresenta mulheres que estão fora desse padrão de beleza, porem elas são retratadas de forma