Padre C Cero E Ant Nio Conselheiro
De acordo com diversos estudos, o fim do regime monárquico não representou a ascensão de profundas transformações no cenário social brasileiro. Apesar da libertação das populações escravas, a constituição republicana, de 1891, não buscava empreender nenhum tipo de projeto de inclusão social e econômica dessa população historicamente marginalizada. Ao mesmo tempo, a república foi marcada pelo predomínio das elites agroexportadoras no poder.
O novo sistema eleitoral havia extinguido o voto censitário como pré-requisito para o alcance de direitos políticos. Entretanto, a proibição do voto dos analfabetos se tornou um novo item de exclusão de uma grande maioria que não tinha condições mínimas de acesso ao ensino. Além disso, a ausência de leis e um poder exclusivo para legislar sobre as questões eleitorais fizeram com que as primeiras décadas da República fossem gravemente atingidas pela fraude eleitoral.
Foi nesse contexto que percebemos que o regime republicano gerou no interior de seus costumes uma crise de reconhecimento proveniente dessas populações marginalizadas. Afinal de contas, como seria possível se submeter aos poderes e obrigações de um Estado pouco interessado em atender as demandas daqueles que devia representar? Foi a partir desse impasse que observamos o aparecimento de uma série de revoltas que tomaram conta do país ao longo de toda República Velha. Eis os principais movimentos sociais durante a República:
1) Revolta da Armada
Movimento contra o presidente Floriano Peixoto.
Irrompeu no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1893.
Praticamente toda a marinha se tornou antiflorianista.
Principal combate ocorreu na Ponta da Armação, em Niterói, a 9 de fevereiro de 1894. - governo conseguiu a vitória graças a uma nova esquadra, adquirida e aparelhada no exterior.
Parte dos revoltosos se rendeu a 13 de março.
Outros 400 revoltosos se refugiaram em dois barcos de guerra portugueses e rumaram para o Uruguai.
2) Revolução