Padre António Vieira

António Vieira nasceu em Lisboa, a 6 de fevereiro de 1608, filho de Cristóvão Vieira Ravasco e Maria Azevedo. Partiu, juntamente com os pais, para o Brasil com seis anos de idade. Foi no colégio dos Jesuítas, em Salvador da Baía, o único da época, que António Vieira estudou e em 1623 descobriu a vocação para o sacerdócio e entrou para a companhia de Jesus. Foi ordenado sacerdote aos vinte e sete anos. Em 1641, sendo já um pregador prestigiado, regressou a Portugal e ao serviço do rei D. João IV.
António Vieira, de noviço passou a estudante de teologia. Fez curso de lógica, física, economia, metafísica e matemática. Em 1633 deu início ás suas pregações, visitando as aldeias indígenas, próximas da cidade. No ano seguinte se ordena sacerdote. Como pregador em cima de um púlpito, sua fama se espalhou, defende a colónia, se rebela contra a escravidão e aclama pela expulsão dos holandeses de Pernambuco.
Em Fevereiro de 1641, António Vieira parte para Lisboa. Em Lisboa seus sermões já haviam conquistado o rei D. João 4º e a rainha D. Luísa. Em seus sermões procura apoio para o rei diante de uma reunião com os representantes do povo, da nobreza e do clero, onde se votariam os tributos para a continuação da guerra com Espanha, inicia-se em Portugal nessa época, uma disputa entre jesuítas e dominicanos, na qual António Vieira propõe anistia aos judeus e a volta deles para Portugal, uma vez que a maioria era comerciante e seriam de grande valor para o reino.
António Vieira foi nomeado embaixador para negociar a paz com a Holanda, que recusava todas as propostas para retirar-se de Pernambuco. Viaja para Paris e em seguida para Holanda. De volta ao Brasil, segue para Maranhão com o objetivo de libertar os índios injustamente cativados.
No ano 1654, Padre António Vieira pregou o Sermão de Santo António (aos peixes), em S. Luís do Maranhão. Em 1661 foi expulso de Maranhão, pelos senhores dos escravos que não aceitavam as suas ideias. Voltou para Lisboa aonde foi preso pela