Padre antonio vieira

A gramática da vida

Com o passar do tempo aprendemos a morfologia e sintaxe da vida.
Aprendemos que o sim e o não apesar de terem significados opostos, podem ser positivos.
Também aprendemos em que momento da vida podemos usar a vírgula, e a hora certa em que devemos pôr o ponto final.
Aprendemos que é preciso abrir parênteses para poder prosseguir sem nossas dúvidas.
Aprendemos que o sujeito não é apenas aquele que realiza a ação ou de quem se diz algo, mas aquele que espera atitudes nobres de nós.
Aprendemos que a voz ativa só vale pra quem faz o bem, e que a voz passiva é para os que não tem coragem.
Aprendemos que os verbos estão em todo lugar, esperando apenas nossa ação, que pode ser proveitosa ou não.
Aprendemos que devemos deixar o travessão fazer parte de nossas vidas quase sempre, pois são os diálogos que muitas vezes evitam as guerras mundiais. Aprendemos que todas as pessoas têm um predicado, seja ele verbal ou nominal, e precisamos respeitá-las por isso .
Aprendemos que as orações subordinadas é que ligam os empregados aos patrões, mas também aprendemos que o plural é a principal barreira entre o pobre e o rico.
Aprendemos que o vocabulário de uma pessoa não pode defini-la, e sim somente a amplitude de seu caráter.
Aprendemos que os sinônimos nem sempre dizem o que queremos saber, eles apenas nos ajudam em certas situações.
Aprendemos que os pronomes não são usados apenas pelos estelionatários, mas por todos aqueles que fingem ser o que não são.
Aprender gramática é bom, relacioná-la a nossa vida, é melhor ainda. Creio que nesse texto falta muito para sintetizar a gramática da Língua Portuguesa, mas também creio que há muito mais coisas em nossa vida, que a gramática precisaria se multiplicar para poder especificar. Texto de Maria de Nazaré P. Lemos ( aluna do curso de Letras da UPE) Escrito em 11/09/2011. Em comemoração ao final do 2ª período, mais um degrau que fica para trás. Obrigado Senhor