Padr Es De Manipula O Na Grande M Dia

Padrões de manipulação na grande imprensa, de Perseu Abramo, pode não conter grandes novidades para aqueles da área, em especial jornalistas, mas possui fatos importantes para todas as outras pessoas que não se dão conta cotidianamente das adulterações feitas pela grande mídia. O livro começa falando da qualidade técnica da imprensa no Brasil e contraditoriamente fala que ela se equipara a de outros países, como Estados Unidos e Europa. No entanto, o domínio de empresas como a Globo, Estadão e Folha de S.Paulo acabam por servir de legitimação de poder dos governantes ou das estratégias de mercado das grandes corporações. Portanto, a mídia refere-se à realidade como que para apresentar algo irreal, uma imitação de nossa realidade. Assim, ela mostra a imagem de um objeto real, mas da maneira que ela quer que o enxerguemos, de um jeito totalmente disforme. Perseu tenta responder o porquê de o público acreditar nessa imagem ao longo do texto; o autor diz que o indivíduo só percebe as contradições dentro da parcela da realidade em que se insere. Ou seja, todo o resto do qual as pessoas não são agentes, provêm de informações repassadas através dos meios de imprensa, por meio de uma realidade artificial criado em sua medida, para que vivamos dentro de um mundo fantasioso, quase quimérico. O autor divide as manipulações em basicamente cinco tópicos e suas subdivisões que são: padrão de ocultação; padrão de fragmentação; padrão de inversão; padrão de indução e padrão global.
Pode-se distinguir ao menos 4 padrões de manipulação gerais para toda a mídia e mais um específico para o telejornalismo:
1. Padrão de ocultação: Alguns fatos são considerados “jornalísticos”, outros não. Existe uma seleção do que será apresentando ao público, o que “é notícia”. Para o jornalista, há o “fato jornalístico” e o “fato não jornalístico”, assim ele deve mostrar o primeiro e ocultar o segundo. Esse entendimento acaba funcionando, na prática, como uma racionalização posterior do