Pablo Picasso
Picasso, aflito com a situação e com o divórcio conturbado com Olga, pinta uma cena que descreve duas mulheres fechadas em um aposento com cortinas fechadas. Sob a proteção tranqüilizadora uma delas dorme, enquanto a outra se entretém em desenhar de frente ao espelho. A atmosfera é de uma vida calma e tranqüila, que talvez fosse um de seus maiores desejos naquele momento. Retomando a ordem cronológica, que anteriormente estávamos seguindo, em 1921,
Picasso retoma o estudo da plasticidade dos corpos e pinta duas obras em que a corporalidade majestosa se mostra presente. Três mulheres na fonte e Mãe e filho representam o alívio experimentado pela humanidade com o fim da Primeira Guerra Mundial e a esperança de tempos bons. O quadro Mãe e filho retrata também algo de sua vida pessoal, após o nascimento de seu filho Paul, com sua esposa Olga, Picasso retrata a imagem da mãe com o filho envolta a todo um aspecto mítico. As formas das mulheres são maciças demais para o tamanho da tela e dá uma noção de dimensão gigantesca. A maternidade é elevada ao mito e a unidade representada entre a mãe e a criança é emocional e psicológica. Picasso sempre elevou a experiência pessoal ao nível da universalidade e objetividade, assim, o nascimento de seu filho é interpretado pela mitologia perene. Como antes, ele não se afasta de seu meio ambiente e continua a pintar suas companheiras. Daí surgem inumeráveis variações do rosto humano, principalmente