Otite externa e herpes zoster
É uma OE aguda limitada a uma área do CAE. Geralmente localizada no seu 1/3 externo, onde há glândulas sebáceas e folículos pilosos e resulta da obstrução das unidades pilossebáceas com infecção secundária.
Quadro Clínico
Prurido, dor localizada, edema, eritema do CAE e possível ponto de flutuação. Se o edema ou abscesso ocluir o canal, o paciente poderá referir hipoacusia. É comum ocorrer reação linfonodal e infiltração edematosa retroauricular, assemelhando-se a um quadro de mastoidite aguda. A reinfecção é comum.
Etiologia
A bactéria mais comum é o S. aureus, contudo outras espécies de Staphylococcus e Streptococcus podem ser encontradas.
Tratamento
Se houver ponto de flutuação, este deve ser incisado e drenado e instituída antibioticoterapia oral e tópica com drogas antiestafilocóccicas como as cefalosporinas de 1ª geração (cefalexina) ou as penicilinas com este espectro. Calor local e antiinflamatórios não-hormonais (AINH) podem ser usados para analgesia.
Gráfico
HERPES ZOSTER OTOLÓGICO
manifesta-se em indivíduos que já contraíram este vírus, tendo desenvolvido o quadro típico de varicela ou apenas uma forma subclínica de viremia. O vírus permanece latente geralmente em gânglios nervosos ou grupamentos de nervos cutâneos e se manifesta quando há um fator imunodepressor vigente no indivíduo, como infecções, desnutrição, estresse, doenças de base (DM, leucemias, tumores) ou em crianças cujo sistema imunológico ainda é imaturo.
Quadro clínico
Erupção cutânea unilateral, raramente afetando mais de um dermátomo, com vesículas coalescentes e posterior formação de crostas em área dolorosa, com