oscilações no sistema elétrico
O sistema elétrico de potência pode ser dividido em três segmentos distintos denominados geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Entende-se por geração de energia a parte responsável pela transformação de uma determinada forma de energia em energia elétrica que no Brasil é composta, em sua maioria, por grandes usinas hidroelétricas que de forma geral se encontram afastadas dos grandes centros de consumo. Sendo assim, a energia gerada precisa ser levada até os centros de consumo e disto se encarrega o segmento de transmissão. Ao se chegar ao grande centro, esta energia deve ser distribuída para as diferentes classes de consumidores e este é o papel da distribuição de energia elétrica.
Este três segmentos operam de forma dinâmica devido às modificações a que estão sujeitos, modificações estas que podem ter diversas causas, dentre elas a variação das cargas, distúrbios e até mesmo surtos inerentes de sua operação.
Estas variações ou perturbações do sistema elétrico causam na sua operação o período transitório que é caracterizado por oscilações nas variáveis presentes no sistema como, por exemplo, a tensão terminal dos geradores e a velocidade angular dos rotores dos geradores.
Quando as oscilações têm amplitudes decrescentes elas tentem a desaparecer no decorrer do tempo e diz-se então que o sistema caminhou para um novo ponto de operação. Se esta nova condição de operação satisfizer os requisitos exigidos do sistema elétrico ele é denominado ponto de operação estável. Caso contrário diz-se que o sistema se tornou instável.
No estudo da estabilidade do sistema elétrico as perturbações são divididas em duas classes: grandes e pequenas perturbações.
Exemplos de grandes perturbações são o desligamento de uma linha de transmissão, perdas de grandes unidades geradoras ou entrada e saída de grandes cargas no sistema. O estudo da estabilidade a grandes perturbações é chamado de estabilidade transitória (IEEE/CIGRE Joint Task Force,