Os

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Os
 grupos
 indígenas
 encontrados
 no
 litoral
 pelo
 português
 eram
 principalmente
tribos
de
tronco
tupi
que,
havendo
se
instalado
uns
séculos
 antes,
 ainda
 estavam
 desalojando
 antigos
 ocupantes
 oriundos
 de
 outras
 matrizes
 culturais.
 Somavam,
 talvez,
 1
 milhão
 de
 índios,
 divididos
 em
 dezenas
 de
 grupos
 tribais,
 cada
 um
 deles
 compreendendo
 um
 conglomerado
de
várias
aldeias
de
trezentos
a
2
mil
habitantes
(Fernandes
 1949).
Não
era
 pouca
gente,
 porque
 Portugal
àquela
época
 teria
a
mesma
 população
ou
pouco
mais.
 

Na
escala
da
evolução
cultural,
os
povos
Tupi
davam
os
primeiros
passos
 da
 revolução
 agrícola,
 superando
 assim
 a
 condição
 paleolítica,
 tal
 como
 ocorrera
pela
primeira
vez,
há
10
mil
anos,
com
os
povos
do
velho
mundo.
É
 de
 assinalar
 que
 eles
 o
 faziam
 por
 um
 caminho
 próprio,
 juntamente
 com outros
povos
da
floresta
tropical
que
haviam
domesticado
diversas
plantas,
 retirando‐as
da
condição
selvagem
para
a
de
mantimento
de
seus
roçados.
 Entre
 elas,
 a
 mandioca,
 o
 que
 constituiu
 uma
 façanha
 extraordinária,
 porque
se
 tratava
de
uma
planta
venenosa
a
qual
eles
deviam,
não
apenas
 cultivar,
 mas
 também
 tratar
 adequadamente
 para
 extrair‐lhe
 o
 ácido
 cianídrico,
 tornando‐a
comestível.
É
uma
planta
preciosíssima
porque
não
 precisa
ser
colhida
e
estocada,
mantendo‐se
viva
na
terra
por
meses Além
 da
 mandioca,
 cultivavam
 o
 milho,
 a
 batata‐doce,
 o
 cará,
 o
 feijão,
 o
 amendoim,
 o
 tabaco,
 a
 abóbora,
 o
 urucu,
 o
 algodão,
 o
 carauá,
 cuias
 e
 cabaças,
 as
 pimentas,
 o
 abacaxi,
 o
 mamão,
 a
 erva‐mate,
 o
 guaraná,
 entre
 muitas
outras
plantas.
Inclusive
dezenas
de
árvores
frutíferas,
como
o
caju,
 o
 pequi
 etc.
 Faziam,
 para
 isso,
 grandes
 roçados
 na
 mata,
 derrubando
 as
 árvores
com
seus
machados
de
pedra
e
limpando
o
terreno
com
queimadas.
 

A
agricultura
lhes
assegurava
fartura
alimentar
durante
todo
o
ano
e
uma
 grande
 variedade
 de
 matérias‐primas,

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