Os traços de psicopatia presentes na obra de Edgar Allan Poe. Com ênfase no conto “O coração denunciador”.

832 palavras 4 páginas
Os traços de psicopatia presentes na obra de Edgar Allan Poe. Com ênfase no conto “O coração denunciador”.

Autores:
Fernanda Xavier
Felipe Rodrigues
Douglas Moura

A obra de Edgar Allan Poe é cercada de imagens oníricas e sombrias, espaço propicio para o mal se instaurar. Não é difícil encontrar contos e até poemas desse escritor que explorem com veracidade a mente, métodos e argumentos de uma mente assassina, os chamados psicopatas. Edgar Allan Poe foi um autor, poeta, editor e crítico literário americano. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro. No conto “O coração denunciador Poe” ilustra a estória de um homem que motivado pela raiva inconsciente do olho “mal olhado” do senhor com quem morava resolve mata-lo. Os traços de psicopatia começam a aparecer já nas primeiras linhas do poema: “É verdade! Nervoso, muito, muito nervoso mesmo eu estive e estou; mas por que você vai dizer que estou louco? A doença exacerbou meus sentidos, não os destruiu, não os embotou. Mais que os outros estava aguçado o sentido da audição. Ouvi todas as coisas no céu e na terra. Ouvi muitas coisas no inferno. Como então posso estar louco? Preste atenção! E observe com que sanidade, com que calma, posso lhe contar toda a história...” Nesse trecho e segundo Harold Schechter os psicopatas tendem a apresentar uma inteligência aguçada. O narrador do conto, o próprio assassino, usa de figuras de linguagem e uma eloquência convincente para persuadir o leitor a entender os motivos banias que o levou a cometer o ato de morte. Em todo momento ele nega sua loucura e apresenta uma sensatez inexistente com diante de seus atos e considerações.
No trecho: “...É impossível saber como a ideia penetrou pela primeira vez no meu cérebro, mas, uma vez concebida, ela me atormentou dia e noite. Objetivo não havia. Paixão não havia. Eu gostava do velho. Ele nunca me fez mal. Ele nunca me insultou. Seu ouro eu não desejava. Acho que era seu olho! É, era isso! Um de seus

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