Os Tenetehara Guajajara

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GOMES, Mércio Pereira. O Indio na história: o povo tenetehara em busca de liberdade, Petrópolis, RJ:VOZES, 2002. http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJA63EBC0EITEMID0F0E8C69757740BF8BEA00577BE61324PTBRIE.htm acesso em 15/11/2013

Guajajara (tenetehara) O nome “tenetehara” é composto pelo verbo ter (ser) mais o qualificativo ete (intenso/verdadeiro) e o substantivador har(a) (aquele, o) que significa: ser íntegro, gente verdadeira. Não se conhece a origem do nome Guajajara mas provavelmente foi dado aos tenetehara pelos Tupinambá e atualmente a denominação Guajajara é mais usada tanto pelos próprios índios quanto pelos cientistas.
Os Guajajára habitam a margem oriental da Amazônia, todas situadas no Maranhão. A história deste povo possui mais de 380 anos de contato e foi marcada tanto por aproximações com os brancos como por recusas totais com grandes revoltas e tragédias.
Língua
Pertencente a família tupi-guarani. Os Guajajara chamam sua língu de ze´egete (“a fala boa”). E possui como línguas próximas o Asurini (do Tocantins), o Avá (Canoeiro), o Parakanã, o Surui (do Pará), o Tapirapé e o Tembé que lhe é muito semelhante.
Contato com os brancos Até parte do século XVII, os Tenetehara do médio Pindaré foram submetidos a escravidão pelas expedições portuguesas que só mudou com a missão dos jesuítas que ofereceram uma certa proteção contra a escravidão mas que os levaram a um sistema de dependência e servidão. Com a expulsão dos jesuítas, os Tenetehara recuperaram parte de sua antiga independência. Os Guajajaras, vez ou outra, reagiam com violência mas geralmente permaneciam era um povo submisso. Com a expansão descontrolada de latifúndios no Maranhão, que surgiram nos anos 1960 e 70, novos conflitos sangrentos surgiram. O maior deles aconteceu em Cana-Brava com o povoado de São Pedro dos Cacetes. Este conflito durou quatro décadas e os Guajajaras tiveram,