Os Quatro Guardiões - Livro I - Fênix
(Gênesis 1.2)
Prefácio
O Templo da Lua sempre esteve ali. As grandes mudanças vieram.
As guerras, a pestes e a fome assolaram o mundo, mas não entraram ali.
Era um templo estranho e desabitado, geralmente deserto. Sua localização era em uma ilha a cinco milhas náuticas da costa, seguindo a partir do Rochedo da Donzela em direção ao sol nascente, a ilha na qual estava localizado este templo tem a forma meia lua, situado em um pequeno arquipélago composto por mais oito ilhéus. Era uma construção em forma circular, feito com grandes blocos de um curioso tipo de minério que assumia diferentes tons de cor de acordo com a intensidade da luz do sol e da lua. De dia, era como ver uma grande torre escura, e a noite era clara. Nas primeiras horas do amanhecer era prateada, e no crepúsculo assumia o tom dourado. Olhando bem, o templo não demonstrava sinais de nenhuma corrosão causada pela natureza, e era curioso como ele parecia ser uma construção nova apesar dos séculos de existência.
Era uma grande construção, cerca de cinquenta metros de altura. Em sua fachada havia a figura de uma meia lua em ouro sobre um disco de cristal azul-índigo. Nas janelas, vitrais com figuras de batalhas entre guerreiros e criaturas mitológicas. Contava com quatro torres solares posicionadas do lado de fora, de modo que refletiam a luz para o interior do templo através das janelas.
Subindo exatos cinco degraus de mármore, as grossas portas na entrada eram de carvalho e ferro, com detalhes em jade, ônix e marfim. As aldravas eram em forma de cabeça de leão feita de ouro, com olhos de rubi.
A impressão que se tinha era que encaravam severamente todos que ali chegavam, analisando-os.
Ao adentrar, é surpreendente o que se vê: ao invés de um lugar lúgubre e sombrio, como todos os templos antigos, havia um mais que agradável ambiente: O clima no interior do templo é fresco, a