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Disse-lhe que era o alimento mais saudável da face da Terra e que não passava noite sem que antes de dormir bebesse um copo de leite. Nos meus anos de vida não me arrependo desse hábito.
Lembro-me de Gilberto e do leite quando leio que na cesta básica que iria ser distribuída aos flagelados, não teria mais leite e sim um quilo de farinha de mandioca, para substituí-lo.
Quando presidente da República, eu criei o Programa do Leite, e chegamos a distribuir, por dia, 8 milhões de litros. Às vezes, segundo relatos da época, era o único alimento que era encontrado na mesa de muitas famílias, adicionado à farinha e ao arroz.
É verdade científica que a falta de alimentação até os seis anos de idade, ou alimentação deficiente, acarreta às crianças um dano irreparável ao desenvolvimento do cérebro, condenando-as a uma condição subumana.
O Programa do Leite foi extinto. Também muitos outros, como Farmácia Básica, Merenda Escolar ao seu irmão de seis anos, levando-o à escola, assistência infantil, com as recomendações da OMS e em cooperação com a Pastoral da Infância, e muitos e muitos outros.
Ora, num país de desnutrição endêmica, de grandes bolsões de miséria, de pobreza, ninguém pense que o Estado está desonerado de dar comida ao povo. Nos Estados Unidos, país riquíssimo, sem os nossos males sociais, o governo fornece à população os “bônus de alimentação”, para aqueles que são pobres. Eles os trocam por comida nos supermercados.
Aqui, esses problemas de fome vão ser resolvidos pela competição do mercado? É