Os miseráveis

Resenha do filme Os miseráveis

A história é ambientada na França do início do século XIX, em meio à crise, à fome e à revolução. Liam Neeson vive Jean Valjean, um homem que roubou um pedaço de pão para alimentar a família e recebeu 20 anos de prisão, um ex-condenado, um homem ignorante, embrutecido pelos anos de prisão, sem esperanças, e provavelmente, sem oportunidades. Jean Valjean obtém a liberdade, após cumprir vinte anos, apesar de portar um documento de identidade que o qualifica como 'perigoso', ele acaba sendo acolhido pelo piedoso Bispo de Digne, Monsenhor Bem-vindo. Ele o trata de modo fraterno e caridoso.

Jean Valjean persiste no erro, porém, acaba sendo tocado intimamente, pela conduta cristã exemplar do bispo. Ao observar o seu exemplo de retidão moral e de preocupação sincera em auxiliar o próximo, Jean Valjean começa a transformar sua maneira de encarar a vida e a si próprio.

Ele foge, consegue nova identidade, reconstrói sua vida e passa a ser prefeito do vilarejo de Vigau. Mas o inspetor Javert (Geoffrey Rush) continua atrás dele, ameaçando tudo o que conseguiu. O drama também se estende a outras personagens: Uma Thurman está no papel de Fantine, uma mulher marginalizada por ter uma filha ilegítima, Cosette, que será adotada por Valjean e mais tarde terá um romance com um revolucionário.

As dificuldades não terminam. Há um policial obstinado, Javert (Geoffrey Rush), que o persegue ininterruptamente acreditando que Valjean é uma ameaça à sociedade. Há, ainda, Cosette (Claire Danes), uma órfã deixada aos cuidados de Valjean, por Fantine (Uma Thurman), mãe-solteira, abandonada à própria sorte, em uma sociedade preconceituosa e cruel.

Valjean vive um drama rico de notícias históricas da época e de situações em que a solução mais viável nem sempre é a melhor ou a mais correta. São dilemas enfrentados por ele: fazer o que é certo ou o que é mais fácil? Dizer a verdade ou omiti-la? Fugir simplesmente ou enfrentar as adversidades?