Os Meios de Comunicação no Brasil
Ao longo do século XX houve uma crescente concentração de poder midiático nas mãos de alguns poucos grupos privados, principalmente famílias, sendo a mais forte a família Marinho, dona da Rede Globo. Outras famílias também controlam a mídia, a família Abravanel (SBT) Civita (Editora Abril), Frias (Folha de São Paulo), Saad (Bandeirantes) além da Universal que controla a Rede Record.
Um importante estudo feito em 2002 pelo Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), intitulado “Os donos da mídia” registrou 9.477 veículos no país, ligados a 183 grupos nacionais e regionais. Conclui o estudo: “os 667 veículos ligados às seis redes privadas nacionais são a base de um sistema de poder econômico e político que se ramifica por todo o Brasil e se enraíza fortemente nas regiões”.
Aos grupos "cabeça-de-rede" (geradores de programação nacional) das maiores redes de TV (Globo, Record, SBT e Bandeirantes ) somam-se, como grandes "donos da mídia" do país, alguns outros poucos grupos. Entre estes a Editora Abril, que domina 69,3% do mercado de revistas e 14% do mercado de TV por assinatura. Também podem ser referidos os grupos paulistas O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, com forte presença no mercado de jornais, representando, apenas estes dois, cerca de 10% da tiragem de todos os jornais diários existentes no país.
O sistema de comunicação brasileiro foi montado de forma a fortalecer as redes nacionais e enfraquecer a produção local. O regime militar elevou o poderio da Rede Globo pela concordância aos acordos ilegais com o grupo Time-Life e pela disponibilidade dos satélites