Os Lusíadas
Canto II
O rei de Mombaça, influenciado pelo deus Romano Baco, convida os Portugueses a entrar no porto para os destruir, uma vez que o Deus teme as conquistas dos homens sobre as terras. O grande navegador Vasco da Gama, ignorando as intenções, aceita o convite, pois os dois condenados que mandara a terra colher informações tinham regressado com uma boa notícia de ser aquela uma terra de cristãos. Na verdade, tinham sido enganados por Baco, disfarçado de sacerdote. A deusa Romana do Amor, Vênus, ajudada pelas Nereidas, afasta a Armada, da qual se põem em fuga os emissários do Rei de Mombaça e o falso piloto.
Vasco da Gama, apercebendo-se do perigo que corria, dirige uma prece a Deus. Vênus comove-se e vai pedir ao deus dos céus, Júpiter, que proteja os Portugueses, ao que ele acede e, para a consolar, profetiza futuras glórias aos Lusitanos. Na sequência do pedido, o Deus Mercúrio é enviado a terra e, em sonhos, indica a Vasco da Gama o caminho até Melinde onde, entretanto, lhe prepara uma calorosa recepção. A chegada dos Portugueses a Melinde é efetivamente saudada com festejos e o Rei desta cidade visita a Armada, pedindo a Vasco da Gama que lhe conte a história do seu país.
“Fermosa filha minha, não temais Perigo algum nos vossos Lusitanos, Nem que ninguém comigo possa mais Que esses chorosos olhos soberanos; Que eu vos prometo, filha, que vejais Esquecerem-se Gregos e Romanos, Pelos ilustres feitos que esta gente Há-de fazer nas partes do Oriente...”
Trecho do Canto II de “Os Lusíadas”. Nele, vemos a resposta do Deus Júpiter ao pedido da Deusa Vênus, onde ele narra futuros gloriosos aos Lusitanos.
Canto III
Após uma invocação do poeta a Calíope, Vasco da Gama inicia a narrativa da História de Portugal. Começa por referir a situação de Portugal na Europa e a lendária história de Luso a Viriato. Segue-se a formação da nacionalidade e depois a enumeração dos feitos guerreiros dos Reis da 1.ª Dinastia, de D. Afonso Henriques a D.