Os jesuítas na bahia colonial
OS JESUÍTAS NA BAHIA COLONIAL (1549-1759)
Fabricio Lyrio Santos Proponente/coordenador Professor Adjunto CAHL/UFRB
CACHOEIRA – BA 2012
INTRODUÇÃO
Porque a escrita fica e dá testemunho, sem se poder corrigir e explicar facilmente como quando se fala. 1 Inácio de Loyola
Este projeto tem como tema a atuação da Companhia de Jesus na Bahia durante o período colonial, desde a chegada dos primeiros jesuítas à cidade de Salvador, em 1549, até o decreto de expulsão, promulgado em Lisboa, no ano de 1759. Esse amplo recorte se justifica por se tratar de um projeto de natureza coletiva, voltado para a formação de um grupo de pesquisa com estudantes, propiciando experiências de pesquisa e iniciação científica. Pelo mesmo motivo, o projeto não se prende a uma perspectiva específica de análise, buscando dar conta de vários aspectos da presença jesuítica na Bahia colonial, isto é, religiosos, culturais, políticos, sociais e econômicos. Em termos institucionais, o projeto vincula-se ao grupo de pesquisa “Práticas culturais, religiosidade e imaginário”, sediado no Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Nascido, provavelmente, em 1491, Inigo (Inácio) de Oñaz e Loyola era oriundo de uma importante família senhorial que governava um pequeno povoado de camponeses próximo a Azpeitia, na província basca de Guipuzcoa, na Espanha. Em 1534, na França, ele conseguiu reunir um pequeno grupo de seguidores que formaria o núcleo do que viria a ser uma das principais ordens religiosas do período moderno. Em 1540, esse pequeno grupo, acrescido de mais alguns seguidores, recebeu a aprovação papal, tornando-se a “Companhia de Jesus” ou “Societas Iesu”, cujos membros, apelidados de “jesuítas”, rapidamente se espalharam por diferentes regiões da Europa e das terras recém-descobertas além-mar2. Os jesuítas ingressaram em Portugal em 1541, ou seja,