Os fluxos matériais
Libertarismo é uma nova filosofia política. Apesar de suas raízes poderem ser traçadas ao longo da história, somente nos últimos vinte anos² que ele emergiu como uma filosofia política bem definida -- que é baseada num novo conceito de papel apropriado do governo numa sociedade livre.
Hoje vivemos num mundo em que virtualmente todos os países estão rumando a alguma forma de Estatismo, seja na forma de Comunismo, seja na forma de Welfare State. De todos os lados nos dizem que o mundo se tornou muito complexo para que o indivíduo possa dirigir sua própria vida. O próprio conceito de "indivíduo" está se tornando obsoleto.
O Libertarismo contesta a premissa básica por trás dessa tendência -- a visão de que as coisas que o Estado percebe como "bem-estar comum" devam ser impostas ao indivíduo -- e contesta em duas frentes. Na área civil, o Libertarismo defende todas as liberdades individuais e se opõe a todas as tentativas do governo de moldar as vidas dos cidadãos. Na área econômica, o Libertarismo contesta o direito do governo de restringir o livre comércio de qualquer forma ou forçar os cidadãos a financiar através de impostos projetos que eles jamais apoiariam num ambiente de livre mercado.
Libertários não enxergam o governo como uma entidade sagrada que não pode ser questionada, mas simplesmente como a agência que tem o monopólio do uso legal da força. Libertários, portanto, se fazem uma pergunta básica: qual é a justificativa apropriada para o uso do poder de coerção do governo?
A resposta Libertária é que o poder do governo deve ser usado somente para proteger os indivíduos do uso da força ou fraude por outrem.
Ao longo dos últimos séculos a civilização ocidental tem aceitado a idéia de que a Sociedade não deve estar sujeita aos desejos arbitrários de um soberano. Mas, apesar de termos nos livrado do direito divino dos reis, ele parece ter sido meramente substituído pela idéia de "ditadura da maioria". Indivíduos podem ser igualmente oprimidos