Os evangelhos

OS EVANGELHOS
Sabemos que o Espírito santo não inspirou os escritores de forma mecânica, mas usou sua inteligência e recursos, orientando-os na investigação e na seleção das informações encontradas, tenham sido elas escritas ou orais. Basta ler Lucas 1.1-4 para perceber que eles aproveitaram várias fontes em seus escritos. Mesmo um leitura rápida dos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas mostra como eles são parecidos, tendo muito material em comum, enquanto o evangelho de João é diferente. Os três primeiros são chamados sinóticos. A palavra grega significa “ver junto” e chama a atenção para o material comum a todos três, indicando que eles são melhor compreendidos, quando estudados juntos.
Marcos tem sido considerado pelos eruditos como o primeiro evangelho escrito, sendo que Mateus e Lucas reproduzem mais de 90% do conteúdo dele. Tem sido aceito que Mateus e Lucas tenham usado Marcos como uma de suas fontes. O estudo dos sinóticos e de João comparados nos dá o seguinte quadro comparativo, numa base percentual, lembrando que as coincidências não estão em ordem verbal exata. Peculiaridades Coincidências
Marcos 7% 93%
Mateus 42% 58%
Lucas 59% 41%
João 92% 8%
Quando todo o material comum aos três sinóticos é extraído, há cerca de 250 versículos que são partilhados por Mateus e Lucas, não sendo encontrados em Marcos. Além disso há mais ou menos 300 versículos em Mateus (de 1.068) e 580 versículos em Lucas (de 1.151), que não estão em Marcos, nem são comuns um ao outro.
Uma teoria que tem sido aceita por muitos para explicar as semelhanças e diferenças entre os evangelhos sinóticos é a teoria dos quatro documentos: - o primeiro documento é o Evangelho de Marcos que foi usado por Mateus e Lucas, o que explica tantas semelhanças entre os três; - o segundo documento, que é chamado de fonte “Q”, é o documento que foi usado por Mateus e Lucas, o que explica muito material semelhante entre eles e