Evangelho
A virtude da humildade está fora de moda em nossa sociedade competitiva. É vista hoje como indigna por um modo de vida que idolatra a autoimagem, o individualismo e o prestígio. Num tempo que canoniza o poder e a visibilidade, supervaloriza o ter em detrimento de ser e constrói a todo instante "ídolos" e "famosos", ser humilde é vergonhoso.
Não é simples para nós hoje ouvir Jesus dizer que seremos felizes à medida que nos doarmos gratuitamente, sem pensar em retribuições. Em tudo o que fazemos, esperamos recompensa, aguardamos pagamento. É claro que o trabalhador tem direito ao salário que o sustenta, mas não e disso que Jesus fala. Praticara humildade e a generosidade é testemunhar a gratuidade do reino de Deus.
Numa sociedade que estimula a competição, que promove o lucro a qualquer custo, que premia a concorrência ate a eliminação do adversário, a bem-aventurança “serás feliz porque não podem retribuir-te” não encontra lugar fácil na memória de ninguém, nem mesmo dos cristãos.
Podemos perceber, no evangelho de hoje, que a opção preferencial pelos pobres assumida pela Igreja da América Latina em anos passados não é invenção dela. A opção pelos pobres origina-se da opção e do ensinamento de Jesus. Ela fala em convidar pobres, marginalizados e desamparados.
A Igreja, portanto, tem a missão de ir ao encontro dos empobrecidos, daqueles que a sociedade renega e não valoriza, daqueles que não podem pagar o dizimo, dos que não tem condições de contribuir para a comunidade. É Fácil convidar os ricos, que dão polpudas esmolas, em detrimento dos pobres, que não tem com que retribuir. Jesus deseja uma sociedade na qual as pessoas pensem, em primeiro lugar, nos