OS ELEFANTES
• No jargão da indústria petrolífera, um campo petrolífero gigante é conhecido como “elefante”. No início dos anos 50, o número de “elefantes” descobertos no Oriente Médio estava expandindo rapidamente. Do início dos anos 50 ao final dos anos 60, o mercado mundial de petróleo foi dominado por um crescimento extraordinariamente rápido, um enorme vagalhão que, como poderosa e assustadora ressaca, arrastava aqueles à testa da indústria, com sua força aparentemente irresistível.
O ritmo do consumo chegou a um nível jamais imaginado no início do Pós-Guerra.
Um Novo
Napoleão
Em uma época em que as principais companhias haviam se transformado em grandes burocracias, complexas e bem estruturadas demais para refletir a imagem de qualquer homem, Enrico estava determinado a criar uma nova grande companhia, a estatal italiana AGIP, que fosse bem o reflexo de sua própria imagem. Em 1953, Enrico deu um passo decisivo em direção à realização de suas ambições quando as diversas companhias estatais de hidrocarboneto uniram-se em uma nova entidade de 36 subsidiárias, abrangendo desde petróleo bruto, petroleiros e postos de gasolina até grandes propriedades, hotéis, pedágios em auto - estradas. Enrico tornara-se um herói popular, ele personificava grandes sonhos para a Itália pós-guerra: antifascismo, ressurreição e reconstrução da nação e o surgimento do “novo homem” que atingiu o sucesso por si mesmo, sem o auxílio de sistemas. Enrico Mattei
A maior batalha de Enrico
O objetivo principal de Enrico era assegurar que a ENI-e a Itáliativesse seu próprio abastecimento internacional de petróleo, independente das companhias “Anglo-saxônicas”. Ele queria participar dos lucros do petróleo bruto no Oriente Médio. Atacava constantemente, para quem quiser ouvir, o “cartel” das sete irmãs. Sua verdadeira queixa contra esse clube exclusivo de grandes companhias não era contra sua existência, mas pelo fato de não fazer parte dele.