os conceitos da metropole
Michael Chetry é pesquisador do Observatório das Metrópoles (IPPUR/UFRJ). Possui doutorado em Geografia e Planejamento Urbano pela Université Jean Moulin - Lyon 3 (França) e mestrado em Planejamento Urbano pela Institut d’Urbanisme de Lyon (2004).
No artigo publicado na revista e – metropolis: revista eletrônica de estudos urbanos e regionais, o pesquisador aborda um tema pouco definido conceitualmente: a fragmentação urbana. Mas o que seria essa fragmentação urbana? Este termo refere-se às mudanças sofridas pela a organização social no espaço urbano, devido consequências advindas da inserção cada vez maior das metrópoles na globalização. A segregação espacial e urbana é quando as classes sociais ficam concentradas em determinadas regiões ou bairros de uma cidade. Essa segregação ocorre em locais onde há uma grande diferença de renda entre os grupos, uns possuem todas as condições de moradia e serviços, e outros não possuem nada parecido. As tradicionais formas de segregação, por classe e por bairro existem há mais de um século em nossas cidades. Poderíamos aludir essas segregações hoje, devido consequências vindas das desigualdades sociais, que podem ser culturais ou econômicas. Michael explica bem quando diz que o centro, lugar este, onde há concentração do capital, dos investimentos e é geralmente onde se localiza as moradias das classes médias e altas, onde facilmente podemos observar as melhores infraestruturas urbanas como exemplo a iluminação, coletas de lixo, galerias, as melhores estruturas arquitetônicas. E já a periferia, que não devemos associar as favelas ou vilas, mas sim qualquer bairro longe do centro, que na maioria das vezes estão desprovidos de infraestrutura e de equipamentos, onde fácil se encontra ruas sem iluminação, lixões e esgotos a céu aberto. Apesar disso, esse conceito, não significa que exista a exclusão da classe baixa, mas sim uma forma de integração desigual entre