OS BRASIS NA HISTÓRIA

IV – OS BRASIS NA HISTÓRIA

1. Brasis

Nenhum povo vive sem uma teoria de si mesmo. Se não tem uma antropologia que a forneça, inventa-se e espalha-se com o folclore.
A história se passa como eventos que o povo recorda e conta a seu modo.
A identidade étnica brasileira é representada pela cultura crioula, que se desenvolveu no Nordeste; pela cultura caipira que provem da população paulista; a cultura sertaneja que vai desde o Nordeste até o Centro-Oeste; pela cultura cabocla das populações da Amazônia e pela cultura Gaúcha.

2. O Brasil Crioulo

O engenho açucareiro foi o instrumento de viabilização do empreendimento colonial português e a matriz do primeiro modo de ser dos brasileiros.
A cana de açúcar só necessitava de terras férteis e frescas, e o engenho que fazia o caldo de cana podia ser fabricado facilmente pelos carpinas portugueses. Os canaviais e os engenhos se multiplicaram em poucas décadas, o açúcar deixou de ser uma especiaria e passou a ser um produto comercial comum. Meio séculos depois, a produção brasileira de açúcar era a principal mercadoria do comercio internacional.
Por volta de 1650 a economia açucareira cai em crise, mas só depois de 1700 deixa de ser o setor mais dinâmico da economia brasileira.
A cultura crioula nasce em torno da economia açucareira, população surgida pela fusão racial de brancos, índios e negros.
O senhor do engenho era visto como um empresário nativo, que no convívio com os escravos, se abrasileirava em seus hábitos. O escravo, índio ou negro, também se abrasileirava com esse convívio, embora fossem opostos um do outro, tinham mais em comum pela língua do que pela sua descendência.
Embora fossem opostos no plano social, eram também mutuamente complementares duas expressões variantes de uma cultura. Dentro dessa diversidade, eram compelidos a gerar novas formas de organização de vida social. O negro recém-chegado era a força bruta de trabalho, levado para operar de sol a sol. A família patriarcal não