Os atuais muros
No aniversário de 20 anos da queda do Muro de Berlim, o mundo convive com uma série de barreiras que servem para conter a livre circulação de pessoas. O muro que divide a Cisjordânia de Israel e o que impede a passagem de imigrantes mexicanos para os Estados Unidos são os mais conhecidos, mas há outros.
Israel e Palestina: Um dos mais emblemáticos e polêmicos muros atuais é o que separa Israel do território palestino da Cisjordânia. Uma pequena parte dele (cerca de 20%) coincide com a antiga Linha Verde, fronteira definida em 1948; os 80% restantes situam-se em terras palestinas.
A muralha começou a ser construída em 2002, durante o governo do ex-primeiro ministro israelense Ariel Sharon, com a justificativa de evitar a entrada de terroristas em Israel. O Tribunal Penal Internacional a declarou ilegal em 2004, pois ela corta terras palestinas e isola cerca de 450 mil pessoas. De acordo com dados de abril de 2006 fornecidos por Israel, a extensão total da barreira é de 721 km, dos quais 58,04% estão construídos, 8,96% em construção e 33% por construir.
Às vésperas do aniversário da queda do Muro de Berlim, jovens palestinos derrubaram no dia 6 de setembro de 2009 uma parte da construção na cidade árabe de Naalin e foram repreendidos por militares israelenses com bombas de gás lacrimogêneo. “Não importa o quão alto sejam, todos os muros cairão”, proclamava um cartaz colocado na estrutura pelos jovens.
Para o analista israelense Michael Warschawski, diretor do Centro de Informação Alternativa, o muro tem um impacto duplo: “Primeiro, porque condena os palestinos a viverem em um gueto forçado. Segundo, porque reflete a política distorcida de isolamento de Israel, que prefere resolver seus problemas pela separação.”
De acordo com Warschawski, a ineficácia da construção, que chega a dividir cidades inteiras, é comprovada. “O muro não interrompe completamente a circulação de pessoas. Para