Ortopraxia
Ortopraxia (do grego, ὀρθοπραξία: orthopraxia, "ação correta") é a ênfase na conduta, tanto ética quanto litúrgica, em oposição à fé ou a graça. Difere da ortodoxia (uma fé certa). A Ortopraxia deve ser entendida como esse conjunto de técnicas e credos que faz parte de uma determinada tradição, que são passados para seus estudantes e mantidos sem alterações. Apesar de algumas diferenças entre as tradições, há alguns princípios em comum, para que ainda sejam consideradas. Isto então significa que não se pode fazer o que bem se quiser, praticar diversas técnicas indiscriminadamente, misturar panteões ou mitos conflitantes, ou perceber as divindades majoritárias da mesma forma que é encarada a divindade majoritária nos credos monoteístas.
ORTODOXIA O equivalente em português da palavras grega ´´orthodoxia`` (de orthos - ´´certo``, e doxa ´´opinião``), o que significa crença correta, em contraste com a heresia ou a heterodoxia. O termo não é bíblico. Nenhum escritor secular ou cristão usa-o antes do século II, embora o verbo orthodoxein esteja em Aristoteles. A palavra expressa a ideia de que certas declarações sintetizam com exatidão o conteúdo do Cristianismo às verdades reveladas e, portanto, são por sua própria natureza normativas para a igreja universal. A ideia de ortodoxia veio a ser importante na igreja a partir do século II por causa de conflitos, primeiramente com o gnosticismo e depois com outros erros a respeito da trindade e da pessoa de Cristo. A aceitação rigorosa da ´´regra de fé`` (regula fidei) era exigida como uma condição previa da comunhão, e surgiu uma multiplicação de credos que explicavam essa ´´regra``. A Igreja Oriental se autodenominava ´´ortodoxa`` e condena a Igreja Ocidental como heterodoxa, por causa da inclinação da clausula ´´filioque`` no seu credo. Os teólogos protestantes do século XVII, especialmente luteranos conservadores, ressaltavam a importância da ortodoxia quanto a soteriologia dos credos da reforma.