orquestacao

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OS MANUAIS DE ORQUESTRAÇÃO DO SÉCULO XIX ATÉ A DÉCADA DE 50 DO
SÉCULO XX E O NAIPE DE PERCUSSÃO autora: Ana Letícia Ferreira de Barros orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Figueiredo
Os manuais de orquestração e instrumentação constituem a principal fonte de informações para os compositores. Para compor, eles recorrem geralmente a uma bibliografia específica e que muitas vezes se resume a esses manuais. No entanto, esta bibliografia apresenta deficiências de informação sobre o naipe de percussão.
A música anterior ao século XX tinha sua atenção completamente voltada a um outro estilo musical e uma outra visão orquestral. Os instrumentos de percussão eram raros ou utilizados apenas como “enfeites” ou efeitos especiais. Por esse motivo, a maioria dos manuais de orquestração não possui informações pertinentes ou até mesmo coerentes sobre a utilização destes instrumentos.
Instrumentos neste grupo, assim como triângulo, castanhola, pequenos sinos, pandeiro, rute ou vareta (Rute. Alem.), caixa-clara ou tambor militar, pratos, bombo, e gongo chinês não executam nenhuma parte harmônica ou melódica na orquestra, e podem somente ser considerados como instrumentos ornamentais puros e simples. Eles não possuem significado musical intrínseco e são apenas mencionados de passagem1 (Rimsky-Korsakov, 1922, p.32).

No período romântico, a instrumentação se caracterizou por uma grande exploração da identidade harmônica na orquestração. O compositor estudava as combinações dos instrumentos que possuíam altura definida e assim desenvolvia sua própria linguagem e identidade. A combinação dos timbres dos instrumentos se tornou o centro dos estudos e experimentos dos compositores do século XIX.
Os manuais de orquestração surgiram com a idéia principal de esclarecer essas possibilidades sonoras. A acústica, os harmônicos dos instrumentos e a montagem de um acorde foram questões que se tornaram importantes para o compositor romântico, tomando lugar de destaque

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