origens e consequências da crise em Gaza
No dia 12 de junho, três jovens israelenses foram sequestrados e assassinados. Dois integrantes de uma célula do movimento terrorista Hamas são procurados por seu envolvimento no assassinato. Deixaram suas casas na cidade de Hebron no dia do sequestro e não retornaram mais. Seu objetivo era trocar os corpos dos jovens pela soltura de terroristas presos em Israel.
A pressão política e diplomática sobre o Hamas começou então a aumentar. Até mesmo o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, criticou duramente o assassinato dos jovens, em uma reunião de cúpula da Liga Árabe.
O movimento fundamentalista islâmico, que controla Gaza desde 2007 e já vinha em crise política e financeira, sentiu-se ainda mais isolado e pressionado. Optou pela tática de “o ataque é a melhor defesa”. De 12 de junho até 7 de julho, véspera da operação militar israelense, mais de 400 foguetes foram disparados contra Israel pelo Hamas e outros grupos terroristas menores.
A estratégia do Hamas rompeu um cenário de relativa calma na fronteira sul de Israel, predominante desde a operação militar israelense Pilar de Defesa, implementada em 2012 também com o objetivo de desmantelar a capacidade do Hamas de disparar foguetes.
Ao bombardear Gaza depois de quase um mês de ataques do Hamas, Israel busca destruir a capacidade do grupo terrorista de disparar contra alvos israelenses e busca recuperar relativa calma em suas fronteiras, protegendo a população civil.
2) Por que o Hamas optou pela escalada da violência neste momento?
O Hamas vive o momento de maior isolamento e enfraquecimento de sua história. Seu aliado ideológico, a Irmandade Muçulmana egípcia, é o principal inimigo do atual governo do Egito. O Cairo, nos últimos meses, fechou passagens na fronteira para Gaza e aumentou o isolamento do Hamas.
A guerra civil na Síria levou o Hamas a enfraquecer laços com o Irã, seu maior apoiador financeiro e militar dos últimos anos. O