Origem
A filosofia surgiu do resultado da curiosidade, da admiração com a realidade de alguns pensadores insatisfeitos com as explicações preestabelecidas. Estes então começaram a buscar soluções e respostas comprovadas racionalmente em conformidade com os princípios e as regras do pensamento verdadeiro. A princípio a filosofia era o termo denominado a todas as atividades intelectuais, ou seja, não havia distinção entre as ciências e a filosofia. No entanto esta vai se desligando das outras ciências ao se dedicar as regras do pensamento, das relações humanas, ao exercício racional.
Sem a prática do exercício racional não haveria prosperidade humana ou do humano: nem discernimento e nem soberania. Estaríamos fadados a ser escravos dos deuses, de nossos medos e de nossas impulsões, e assim seriamos levados a cultuar os enigmas e os mistérios. (SPINELLI Miguel. Questões fundamentais da Filosofia, São Paulo, 1996. p.14).
A constituição das coisas, as alterações da natureza tinham explicações com respostas voltadas ao mítico, aos Deuses, porém passou a se questionar o que de fato as provocava, qual a sua origem comprobatória. Os primeiros pensadores foram em busca de respostas para o princípio das coisas (o arkhé) e apontaram como fundamento a unidade que pode explicar a multiplicidade chegando a conclusões de maneira variada. Atribuindo elementos materiais explicativos como para Tales, considerado pai da filosofia, a água e Anaxímenes o ar; ou de acordo com Anaximandro, que não acreditava que um elemento originasse todas as coisas, mas de uma matéria indeterminada, ilimitada, ou seja, a filosofia se ocupava fundamentalmente com a origem do mundo e das causas das transformações da natureza.
Com os chamados sofistas, a filosofia muda a vertente de suas investigações voltando-se para o próprio homem, dizendo que estes ensinavam coisas contraditórias e repletas de erros que não apresentavam utilidade nas pólis (cidades). Desta maneira trocaram