origem dos direitos humanos
Capítulo 1 – “Torrentes de emoções”: Lendo romances e imaginando a igualdade (p.35-69)
No primeiro capítulo a historiadora se propõe a entender a construção de sentimentos como a individualidade e a empatia na sociedade moderna a partir da análise de três livros “romances epistolares1”: Júlia (1761) – de Rousseau, Pamela (1740) e Clarissa (1747-8), ambos de Samuel Richardson, lançados na segunda metade do século XVIII. A autora analisa o porquê da popularidade e do alcance desse gênero literário e o vincula a noção de empatia.
1.1 ROMANCES E EMPATIA A identificação das pessoas comuns com as personagens comuns. Romances epistolares como uma ferramenta de afloramento de novas sensibilidades, propondo que as pessoas teriam algo em comum que acarretariam em sentimentos íntimos e de possibilidades autônomas, é um processo de internalização das emoções, “Dessa forma, a leitura dos romances criava um senso de igualdade e empatia por meio o envolvimento apaixonado com a narrativa.” (p.39). Sobre a noção de empatia: “A capacidade de empatia é universal, porque está arraigada na biologia do cérebro: depende de uma capacidade de base biológica, a de compreender a subjetividade de outras pessoas e ser capaz de imaginar que suas experiências interiores são