origem do mal
Como homem inquieto e insatisfeito, depois de experimentar ele mesmo na própria carne a evidência do mal e suas conseqüências, sentiu forte inquietação por encontrar uma resposta frente ao problema do mal. Trabalhou longamente na investigação do mal até o ponto de poder-se afirmar que foi o primeiro a estudar sistematicamente, desde o ponto de vista filosófico até o teológico, o problema do mal. Santo Agostinho se pergunta angustiosamente sobre a origem do mal. Em sua conhecida obra Confissões escreve:
Eis Deus, e eis as suas criaturas. Deus é bom, poderosíssimo e imensamente superior a elas. Sendo bom, criou coisas boas, e assim as envolve e completa. Mas então onde está o mal, de onde veio e como conseguiu penetrar? Qual a sua raiz, qual a sua semente? Ou talvez não exista?...(Confissões, VII, 5, 7. p. 179.)
“Eu, porém continuava a procurar a origem do mal, e não encontrava resposta” (Confissões, VII, 7, 11. p. 184.). Diante dessas considerações observamos na vida Santo Agostinho como primeiro buscou sem descanso uma teoria já existente capaz de satisfazer a todas estas inquietudes relacionadas com a existência do mal. O problema em Santo Agostinho partia de uma pergunta particular. Uma vez que experimentou a existência de Deus, chegou à idéia de um Deus certamente bom e justo. Mas, se Ele é bom, por que tantos males no mundo?
Agostinho pertenceu em primeiro lugar a seita dos Maniqueus que resolviam o problema do mal na luz da concepção dualística: a existência de um principio bom em luta contra um principio mal.
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