origem da vida
Processo pelo qual surge a vida na Terra e que até hoje não foi totalmente definido pela ciência. As formas de vida mais antigas conhecidas são bactérias de 3,5 milhões de anos. A reprodução dos seres vivos é controlada por substâncias chamadas ácidos nucléicos, DNA e RNA, material hereditário que passa de um organismo a outro. O desafio é esclarecer como se formaram os ancestrais dessas moléculas complexas.
Na década de 20, o bioquímico russo Aleksandr Ivanovich Oparin (1894-1980) e o geneticista britânico John Burdon Sanderson Haldane (1892-1964) afirmam que as moléculas que teriam dado origem à vida surgiram em oceanos primordiais. Essa idéia é testada em 1953 pelos químicos norte-americanos Stanley Lloyd Miller (1930-) e Harold Clayton Urey (1893-1981), que reproduzem em laboratório as condições desses oceanos e, a partir daí, conseguem chegar a compostos orgânicos essenciais (aminoácidos).
Essa experiência e outros estudos permitem a formulação da teoria mais aceita sobre a origem da vida. Segundo ela, há cerca de 3,8 bilhões de anos a atmosfera terrestre é composta basicamente de metano (CH4), amônia (NH3), vapor d'água (H2O), hidrogênio (H) e nitrogênio (N). O excesso de calor provocado pelos vulcões, a radiação ultravioleta e as descargas elétricas favorecem a combinação desses elementos, resultando em moléculas orgânicas simples como os aminoácidos, açúcares e ácidos graxos. Essas moléculas se depositam nos oceanos formando o caldo primordial. Ali elas reagem e dão origem a moléculas orgânicas maiores, parecidas com o RNA (ácido ribonucléico) de hoje.
Capazes de se auto-reproduzir e de evoluir, as moléculas adquirem membranas por um processo ainda desconhecido e individualizam as primeiras células, que têm RNA como seu material genético. Aos poucos, começam a surgir células nas quais o RNA é substituído pelo DNA, uma molécula mais estável.
Por um processo de seleção natural, a estrutura que sobrevive é a célula de DNA (ainda sem núcleo