origem da doutrina patrimonialista
A doutrina que internacionalmente mais se difundiu foi a Patrimonialista, ou seja, a que implantou as ideias do estudo dos fenômenos patrimoniais das células sociais como objeto de estudos da Contabilidade.
Seu líder e criador da doutrina foi Vincenzo Masi, na Itália. Masi gerou suas ideias na década de 20 do século XX e as desenvolveu de forma exuberante nas décadas seguintes e até a dos anos 70 (quando faleceu).
Partiu do princípio que absorvera das estruturas culturais de Villa, Besta, Bonalumi, Bornaccini e Rossi, principalmente desses, para erguer todo um arcabouço de raro valor didático e científico. Masi tomou como fundamento, a visão de que a escrita, os registros, as demonstrações, são apenas instrumentos para que se possa ter memória de fatos acontecidos com a riqueza da célula social, necessitando, todavia, de explicação e interpretação.
Foi por isto que, de forma cristalina, defendeu a autonomia científica do nosso conhecimento, por entender que este possuía requisitos para tal prerrogativa. O pendor para a ótica patrimonialista havia-se já despertado na França, no início do século XIX, mas, não podemos afirmar que se tivesse, naquela época, erguido toda uma doutrina sobre a questão.
Quando Masi buscou a concepção patrimonialista, no início do século XX (cem anos depois do movimento intelectual patrimonialista francês), o assunto não se encontrava definido, mas, possuía apenas uma forte intuição (em 1836 Coffy já afirmava sobre uma ciência contábil tendo por objeto o capital, este que é uma forma do patrimônio). Outros estudiosos, também, por uma influência masiana, se direcionariam no mesmo sentido.
Em Portugal, seguindo aos pensamentos de Masi, Jaime Lopes Amorim aprimorou os estudos e formou sólidas bases de uma doutrina, fundamentada no equilíbrio do capital próprio. O emérito autor lusitano tem méritos particulares na questão e independentemente de minhas polêmicas com o mesmo, na década de 50,