Origem da desigualdade entre os homens, Rousseau
Curso de Serviço Social
TRABALHO DE FILOSOFIA
São Luís
2014
RESENHA
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. In: Coleção Os Pensadores. Nova Cultural. São Paulo/SP, 1989.
Esta resenha tem como objetivo fazer uma análise crítica do “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” de Jean Jacques Rousseau, publicado em 1755. A obra é dividida em duas partes e disserta sobre as bases que se firma o processo gerador das desigualdades sociais e morais entre os seres humanos.
A princípio concebe aos seres humanos duas espécies de desigualdade: a natural ou física, que é estabelecida pela natureza e consiste na diferença das idades, saúde, qualidade de espírito ou alma; e a moral ou política, pois depende de uma espécie de convenção, é estabelecida, ou pelo menos autorizada, pelo consentimento dos homens, e consiste nos diferentes privilégios de que gozam alguns com prejuízos de outros. Deixando claro que é a desigualdade moral ou política que interessa a Rousseau.
Referindo-se religião, afirma que ela nos leva a crer que o próprio Deus tendo tirado os homens do estado de natureza imediatamente após a criação, determinou que eles são desiguais porque ele quis que o fossem. Neste discurso estuda-se o estado de natureza que é dos princípios da filosofia do autor. Segundo ele, o homem no estado de natureza deseja somente aquilo que o rodeia, ou seja, as suas necessidades físicas, já que ele não pensa. Na primeira parte do discurso o homem natural é descrito como primitivos, que deviam viver em bandos mais ou menos organizados, que se ajudavam esporadicamente, apenas enquanto a necessidade emergente exigisse, para fins de alimentação, proteção e procriação. Seguiam suas vidas de forma isolada, até que nova necessidade aparecesse. A natureza faz com eles o