Orientação Profissional
Conforme afirma Bohoslavsky (1977 apud Bock, 2007) a escolha profissional e ocupacional não pode ser concebida de maneira abstrata pelo sujeito, no entanto essa somente pode ser realizada pela mediação de outros sejam eles reais e imaginados. Apesar do autor argentino não poder ser considerado um expoente da visão sócio-histórica da Orientação profissional, podemos atribuir a ele o início da mudança do paradigma mecanicista e estático que embasava tal modalidade.
Ao longo da vida o sujeito constrói uma imagem de uma profissão tendo como fonte de embasamento as suas experiências vividas, por meio de contatos pessoais, influência da mídia, de diferentes modalidades de leitura, bem como relato de experiências de outrem. Desse modo, o sujeito ao cogitar a possibilidade de escolher determinada profissão ele não o faz de maneira abstrata e desconexa ao seu contexto; existe um modelo que sustenta esta pretensão.
Algumas modalidades tradicionais de orientação profissional desqualificam estas imagens construídas pelos sujeitos, afirmando que elas estão distantes da realidade e por isso não podem ser consideradas durante o processo da escolha profissional.
Para a abordagem sócio-histórica a imagem construída é de fundamental importância para começar a significação da escolha de uma profissão. Além disso, conforme essa teoria essa imagem não é falsa nem verdadeira, não está mais perto ou mais longe da realidade, não é certa ou errada, é simplesmente uma imagem que deve ser trabalhada. É importante salientar que essas imagens são construídas na interiorização e singularização daquilo que é vivido, por essa razão é diferente para cada indivíduo.
Ocorre também o processo de identificação com essas imagens, que não pode ser explicado essencialmente por aspectos racionais ou objetivos, mas que está intimamente ligado com necessidades subjetivas que também foram se constituindo na relação com a história e o