Orientação no espaço
Hoje consideramos que a Geografia é uma ciência que estuda a realidade: a paisagem, o espaço no qual a sociedade se desenvolve, age, produz, transformando-a de modo consciente, seja no meio urbano ou rural. Por sermos humanos, e, portanto, dotados de sentimentos, é preciso que nos preocupemos também com a atribuição de valores e a criação de vínculos afetivos que estabelecemos com o lugar onde vivemos e com outros lugares com os quais nos relacionamos.
É tarefa do professor de Geografia desenvolver em seus alunos as noções de espaço e, para tanto, se faz necessário ressaltar as diferenciações de conceitos existentes. Há que nos lembrarmos ainda de que os alunos das séries ou ciclos iniciais de aprendizagem do Ensino Fundamental têm limites um tanto restritos de circulação nos espaços e que, devem percebê-los mais claramente por meio da visão e dos elos afetivos com eles estabelecidos.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, páginas 115 e 116, de Geografia, diz: “a observação, descrição, experimentação, analogia e síntese devem ser ensinadas para que os alunos possam aprender a explicar; compreender e até mesmo representar os processos de construção do espaço e dos diferentes tipos de paisagens e territórios. Isso não significa que os procedimentos tenham um fim em si mesmo: observar, descrever, experimentar e comparar servem para construir noções, espacializar os fenômenos, levantar problemas e compreender as soluções propostas, enfim, para conhecer e começar a operar com os procedimentos e as explicações que a Geografia como ciência produz”.
Tudo o que existe, existe num determinado espaço e este, com todos os seus elementos, é objeto de estudo da Geografia. Em seu desenvolvimento escolar, a criança passa por um processo gradual de construção das noções espaciais. Iniciando com o espaço “VIVIDO”, ou seja, aquele que a criança conhece, explora em seus trajetos, delimita em suas brincadeiras, enfim, aquele onde, de