A organização é vista como um componente de um sistema de relações de um campo específico,afetada não apenas por questões técnicas e financeiras, mas também por fatores normativos de legitimidade. Ao longo do tempo, os esquemas interpretativos podem sofrer alterações em decorrência da pressão de distúrbios ambientais periódicos e de características peculiares a cada organização, aqui entendidos como circunstâncias situacionais, cuja manifestação em um momento determinado abala a coerência do arranjo estrutura.Considerando-se as implicações destas dimensões para o funcionamento organizacional, efetuou-se uma investigação em uma organização do setor privado,que enfrentou alterações em seu arranjo formal como consequência da conformação entre normas institucionais e circunstâncias situacionais. O conceito de organizações formais, enquanto sistemas de regras e atividades racionalmente ordenadas, vem norteando a teoria organizacional desde os primeiros estudos sobre o conceito weberiano de burocracia. Nessa perspectiva, as normas de racionalidade tomaram-se um conjunto institucionalizado na sociedade moderna, uma concepção socialmente construída, e freqüentemente compartilhada, sobre o modo eficaz de funcionamento organizacional. Tal concepção desenvolveu-se como um forte elemento na definição dos padrões de interação e significados organizacionais. De acordo com DiMaggio e Powell o isomorfismo coercitivo resulta de pressões formais e informais exercidas por uma organização sobre outra que encontra-se em uma condição de dependência e o segundo mecanismo de mudança isomórfica é mimético e fundamenta-se na adoção, por parte de uma organização, de procedimentos e arranjos estruturais implementados por outras organizações, a fim de reduzir a incerteza ocasionada por problemas tecnológicos, objetivos conflitantes e exigências institucionais. O isomorfismo normativo conduz a formas comuns de interpretação e ação frente aos problemas e exigências
organizacionais,