Psicóloga
Muito se tem falado sobre psicoterapia nos dias atuais. As escolas estão mais atentas, a mídia divulga a necessidade das pessoas procurarem ajuda terapêutica, bem como os profissionais da área de saúde a incluem no rol dos instrumentos de tratamento.
A psicologia, através do seu desenvolvimento científico, tem se tornado um valioso recurso no cuidado com a saúde. Sabe-se hoje, por inúmeros estudos, que emoção e corpo funcionam em harmonia e ressonância. São dois aspectos de um único campo. Quando um não está bem, o outro é afetado. Portanto, a premissa de que eu não preciso ir a um terapeuta porque não sou louco, revela mais sobre o passado da psicologia, que se desenvolveu dentro da psiquiatria e da filosofia, do que da realidade contemporânea. Até a um tempo atrás, as pessoas se envergonhavam de falar que estavam em terapia.
Assim sendo, para nortear nossa conversa vamos abordar alguns pontos:
– Primeiro: não é necessariamente verdade dizer que só faz terapia quem é doente, pois na maioria das vezes, as pessoas estão vivendo momentos de muita tensão ou crise e isso afeta seu desempenho, suas relações e sua vida como um todo;
– Segundo: não é sinal de fraqueza recorrer à psicoterapia, ou sentir vergonha de buscar ajuda. Muitos acreditam que podem resolver sozinhos os seus problemas. Essas generalizações apontam para o desconhecimento e para o preconceito sobre a atuação da psicoterapia.
Há ciclos de vida que marcam significativamente as relações: casamento, nascimento de filhos, doenças, separação, mudança de trabalho, aposentadoria, morte e outros, acarretando, muitas vezes, grandes dificuldades em lidar com o novo. Essas experiências poderão desencadear angústias, medos, tristezas, inseguranças, manifestando-se de diferentes maneiras, dependendo do jeito de ser de cada indivíduo. Os sintomas podem ser insônia, depressão, pouco rendimento no trabalho, nervosismo, mas