Organização dos quilombos
Os quilombos tinham uma estrutura de organização muito bem postada na época de seu ápice, no Brasil, e que nas comunidades remanescentes ainda é vista. No Quilombo dos Palmares, a economia se dava através da caça e pesca, da agricultura do artesanato local e da extração dos insumos das palmeiras abundantes da região, como óleo e artigos fabricados a partir da fibra e das folhas. Os quilombos não apenas produziam para o próprio consumo, como também comercializavam a produção com comunidades vizinhas de colonos brancos e até mesmo nas cidades próximas, pertencentes à colônia, trocando, numa espécie de escambo, alimentos e artigos por munições e armas. Traziam para o quilombo uma organização hierárquica semelhante a um verdadeiro Estado quilombola, como era visto nas monarquias tribais de suas nações de berço (Zumbi e Ganga Zumba, líderes de Palmares, eram de uma linhagem real dos bantos, região de Angola). Assim também acontecia com os costumes religiosos e culturais.
Os quilombos costumavam ser em áreas de acesso muito difícil no meio da mata e sempre com estruturas de verdadeiras cidades fortificadas, com cercas em madeira de aroeira, uma madeira muito resistente, e as habitações eram semelhantes às cabanas, todas revestidas com folhas de palmeiras e, com o crescimento da população nos quilombos brasileiros, gerava-se uma espécie de núcleos de ocupação ou aldeias, que os quilombolas chamavam de mocambos. Os principais mocambos do Quilombo dos Palmares foram:
Macaco: era tido como o centro político dos Palmares,e era o maior deles com aproximadamente 1500 habitações;
Sucupira: onde tinha o centro do poder militar dos Palmares;
Zumbi: em alusão ou homenagem ao próprio líder do Quilombo;
Tabocas: era a menor das aldeias de Palmares.
Comunidades fundadas por escravos de origem africana que conseguiram fugir de seus senhores. Assim, podemos definir os quilombos que existiram no Brasil e em todas as outras